
Casagrande cita preconceito por dependência química e diz: 'Mundo quer respirar
Walter Casagrande afirmou neste domingo (7) que o preconceito machuca a alma das vítimas. Durante o programa Troca de Passes, o comentarista falou sobre o preconceito que sofre por ser dependente químico. Recordando a morte por asfixia de George Floyd por um policial, Casão disse que o mundo não quer mais um joelho em seu pescoço.
"Eu sou um cara que veio da periferia, e meus pais me ensinaram a ter respeito por todas as pessoas, independentemente de qualquer diferença. Eu cresci dessa maneira e sou desse jeito. A sociedade não aguenta mais a violência, a opressão, o racismo, a homofobia, feminicídio. A sociedade não quer mais isso. O mundo não quer mais um joelho no pescoço. O mundo quer respirar. A nossa sociedade quer respirar. Todo mundo quer respirar. Este joelho no pescoço do George Floyd é um joelho no pescoço do mundo", disse o ex-jogador.
Em seguida, Casagrande citou o preconceito que vive por conta da dependência química. "Eu sofri preconceito, e sofro ainda, porque sou dependente químico. É uma classe que não tem respeito", contou.

Das drogas para literatura: autor de livro conta como foi ser um morador de rua
O ex-morador de rua Leonardo Motta, autor do livro "A Vida depois das Marquises", vai contar sua experiência nesta segunda-feira (8), às 18h, em uma live no Instagram. O papo será com o produtor cultural Mano Raul, líder do movimento Hip Hop de Combate às Drogas.
A proposta é mais um episódio do "Conversa de Rua", uma iniciativa que visa abordar o tema da dependência química e tem aproveitado a "onda" das transmissões ao vivo nas redes sociais em tempos de pandemia.
Motta foi parar nas ruas após a morte do filho. Nesta época, passou a usar drogas e se recuperou com a ajuda de entidades. Atualmente, faz trabalhos sociais.

Em época de pandemia, Alcoólicos Anônimos completa 85 e faz atendimentos por videochamadas
De acordo com psicólogo especialista em dependência química, as conferências são feitas por videochamadas e quem quer participar deve buscar o link e a senha pelo site.
Segundo Luciano, durante a pandemia, o consumo de bebidas aumentou, tanto em frequência quanto em quantidade. Eles têm percebido mais pessoas procurando o AA, especialmente mulheres.
O psicólogo disse que o critério para avaliar se o álcool está atrapalhando a vida da pessoa é subjetivo. Há quem beba todos os dias, mas não sinta uma necessidade compulsiva e nem atrapalha a própria vida com isso. Outras pessoas bebem pontualmente, mas de forma a causar vários danos.
Por isso, ele reforçou que, para participar basta querer parar de beber. Se quiser ir como ouvinte, ver se melhora algo, se há acolhimento, basta participar da primeira reunião.